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Os ciberataques têm vindo a crescer em Portugal. Segundo um estudo da Check Point (empresa especializada em segurança na internet), só no último ano, estes ataques registaram um aumento de 81%. O que se traduz em  881 ataques por semana. E nem os grupos de comunicação estão a salvo.

No nosso país, em 2021, registaram-se ataques a pelo menos 12 empresas na área da comunicação social.  E 2022 não começou da melhor maneira.

No passado dia 2, um dos maiores grupos de comunicação do país sofreu um ataque informático. Todos os sites do Grupo Impresa do qual fazem parte “Expresso”, “SIC” e “SIC Notícias”  ficaram indisponíveis e os arquivos foram todos apagados. Cópias de segurança incluídas. 

Em comunicado, a Impresa afirmou que “os hackers acederam à plataforma de cloud, bem como aos painéis de controlo de serviços externos utilizados para comunicar com os assinantes e subscritores, enviando comunicações não solicitadas (SMS, emails).” No entanto, o grupo de comunicação afirma não ter recebido nenhum pedido de resgate.

Mas não havendo resgate, qual terá sido o verdadeiro motivo para este ataque? Nunca saberemos. Mas não nos podemos esquecer de que os meios de comunicação exercem uma grande influência na sociedade e são conhecidos como o “Quarto Poder”. E limitar o acesso à informação é, de facto, crime.

Vários meios de comunicação portugueses afirmaram que o sucedido não se trata apenas de mais um ciberataque. Mas sim de um atentado à liberdade de imprensa.

Os especialistas em cibersegurança consideram que depois deste ataque ao Grupo Impresa o risco para as empresas portuguesas é permanente e pode ser apenas uma questão de tempo até acontecer. E que todos nós devemos adotar comportamentos preventivos.

A S21sec deixa alguns conselhos:
- Manter os sistemas operativos atualizados, antivírus em computadores e segurança de servidores;
- Apostar em campanhas de sensibilização, alertando os profissionais para os potenciais riscos que podem enfrentar;
-  Adotar comportamentos básicos como: não abrir anexos de fontes desconhecidas, não abrir mensagens de 'email' marcadas como 'spam' e não ligar dispositivos USB desconhecidos nos computadores.
 
Regras simples que todos devemos seguir. Num mundo cada vez mais digital sabemos que este tipo de crimes é cada vez mais comum, mas como diz o velho ditado: “Mais vale prevenir do que remediar.”