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O mundo da comunicação em constante mudança

Inteligência artificial na Comunicação: aliada ou inimiga?

28 de Agosto de 2023Vera Marques

Muito sobressalto causou – os mais incrédulos continuam a rejeitá-la - a chegada da Inteligência Artificial às nossas vidas. Especialmente às nossas vidas profissionais. Quem ainda não direcionou as suas inquietações para a busca dos benefícios que poderá acrescer ao desempenho de cada um, ajudando-nos em vez de nos prejudicar, questiona-se sobre se irá ela substituir o trabalho humano.
Verdade inquestionável e neste ponto já irreversível, a IA alterou a forma como nos relacionamos e interagimos, oferecendo, ao nível da Comunicação, ferramentas e recursos que a aperfeiçoam. Um dos mais extraordinários mecanismos foi conseguir com que as máquinas passassem a percecionar a voz humana, descodificando-a, para executar tarefas de forma célere e eficaz.

O ChatGpt é o expoente deste desenvolvimento. Sempre disponível para satisfazer curiosos desejos, tem resposta imediata e certeira às mais complexas questões. E esta é uma visão meramente simplista de uma ferramenta com um potencial extraordinário que diariamente a todos tem conquistado, com os exemplos daquilo que consegue alcançar. A maioria das vezes de forma tão perfeita que, a menos que haja um “olho clínico”, não conseguimos distingui-la da realidade.

A interação homem-máquina passou a fazer parte das rotinas diárias e já não imaginamos um mundo onde elas – as máquinas – não estejam ao nosso serviço. Da mesma forma, passaram a ser inerentes à nossa existência e à forma como nos relacionamos, as redes sociais, um dos mais importantes meios de Comunicação da atualidade. Nelas, a Inteligência Artificial, através dos seus algoritmos, tem um papel preponderante, analisando um volumoso número de dados que facilitam a forma de fazermos passar – e sobretudo fazê-la chegar ao nosso público-alvo - a nossa mensagem.

Na verdade, julgamos, nada há a temer. As máquinas podem substituir-nos em muitas tarefas, é verdade. Mas para que possam executá-las, é imprescindível que seja um humano a ordenar e a orientá-las. Mas, e se um dia a Inteligência Artificial se sobrepor ao seu criador (voltam à carga os céticos)? É pouco provável, mas pode até ser. Porém, a acontecer, acreditamos, logo a “Inteligência Natural” arranjará mecanismos para a controlar, colocando-a no seu devido lugar, a de uma “mera” auxiliar.